Autismo e Atividade Física Aquática como Ferramenta Terapêutica: uma Revisão Narrativa.

Resumo: Contextualização: O autismo, tecnicamente chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é definido como uma síndrome presente normalmente antes dos 3 anos de idade. É um distúrbio do desenvolvimento neurológico, com déficits nos aspectos sócio-comunicativos e comportamental, como o isolamento da criança e alterações de na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. A atividade física é considerada benéfica para a evolução de crianças com TEA, em especial a terapia aquática. Objetivo: Esta revisão narrativa buscou referências bibliográficas relacionados à TEA e aos benefícios da atividade aquática. Métodos: Trata-se de um levantamento bibliográfico, com a análise de artigos científicos, que discutiram as variáveis comportamentais e habilidades aquáticas desenvolvidas por indivíduos com TEA. Descritores como: autismo; transtorno do espectro autista; atividade física; atividade aquática ou terapia aquática, foram usados em buscas nas bases de dados Scielo, Lilacs e Google Acadêmico, considerando publicações de 2010 à 2019. Resultados: Excluindo-se artigos de revisão, artigos incompletos ou que não ofereciam detalhes sobre a modalidade aquática realizada, 4 artigos de intervenção foram selecionados. Conclusão: Estudos concordaram sobre os efeitos positivos da terapia aquática no manejo deste transtorno, como o ganho de experiências sensoriais e corporais, uma melhor noção de tempo e espaço, a capacidade de analisar e reconhecer as emoções expressas por outros, auxílio no ajuste demovimentos estereotipados, na comunicação e no controle da hiperatividade, proporcionando um ambiente lúdico e prazeroso às crianças e adolescentes com TEA.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista (TEA), Exercício físico, Terapia aquática.

Abstract: Background: Autism, technically called Autistic Spectrum Disorder (ASD), is defined as a syndrome usually present before 3 years of age. It is a neurological development disorder, with deficits in socio-communicative and behavioral aspects, such as the isolation of the child and changes in communication, social interaction and the use of imagination. Physical activity is considered beneficial for the evolution of children with ASD, especially aquatic therapy. Objective: This narrative review sought bibliographic references related to ASD and the benefits of aquatic activity. Methods: This is a bibliographic survey, with the analysis of scientific articles, which discussed the behavioral variables and aquatic skills developed by individuals with ASD. Descriptors such as: autism; autism spectrum disorder; physical activity; aquatic activity or aquatic therapy, were used in searches in the Scielo, Lilacs and Google Scholar databases, considering publications from 2010 to 2019. Results:  Excluding review articles, incomplete articles or that did not offer details about the aquatic modality performed, 4 articles interventions were selected. Conclusion: Studies agreed on the positive effects of aquatic therapy in the management of this disorder, such as gaining sensory and bodily experiences, a better sense of time and space, the ability to analyze and recognize emotions expressed by others, aid in adjusting movements stereotyped, in communication and in the control of hyperactivity, providing a playful and pleasant environment for children and adolescents with ASD.

Keywords: Autistic SpectrumDisorder (ASD), Physical exercise, Aquatic therapy.